OFICINA DE CANTOCHÃO
Capela do Solar dos Noronhas (Ribeira Seca) – 28 de Abril, 21h00
Encontro “Arte & Património” 2017
A Oficina de Cantochão proposta para o Encontro “Arte & Património” tem como principal objectivo um contacto com as fontes musicais actualmente conservadas na ilha de S. Jorge e/ou nas restantes ilhas do Arquipélago dos Açores, mais concretamente as fontes setecentistas conservadas no fundo musical do Arquivo Capitular da Sé de Angra. Estas fontes centram-se nos livros de coro contendo as rubricas musicais para o Ofício (antifonários) e a Missa (Graduais), pretendendo-se assim a divulgação deste património musical através de uma abordagem prática. Nesta oficina irá ser trabalhado um Gradual impresso do século XVIII proveniente da Igreja de Santa Bárbara de Manadas.
A Oficina de Cantochão destina-se a um público alargado, independentemente de ter ou não formação musical, uma vez que não incide apenas sobre apenas a leitura musical dos manuscritos, englobando também a sua interpretação codicológica, uma análise litúrgica do mesmo e ainda uma leitura contextual e enquadramento da fonte no cerimonial para que o livro foi concebido. Esta oficina será de inscrição gratuita estando aberta a toda a comunidade mediante um processo de inscrição prévia.
Objectivos:
- Contacto com os livros de coro e algumas noções sobre Liturgia e notação musical para uma contextualização dos mesmos;
- Estudo comparativo das fontes em termos da sua concepção e leitura litúrgica das mesmas;
- Leitura musical dos livros de coro e (caso o permita) também a leitura vocal dos mesmos.
Inscrição:
A participação neste evento é gratuita mediante inscrição prévia, que deverá ser feita para o email acroarte@sapo.pt colocando no assunto do mesmo “inscrição oficina”, até 12 de Abril.
A Oficina de Cantochão será orientada por Luís Henriques
Doutorando em Música e Musicologia na Universidade de Évora, é Mestre em Ciências Musicais pela FCSH da Universidade NOVA de Lisboa e Licenciado em Musicologia pela Universidade de Évora. É colaborador do CESEM – Pólo Universidade de Évora e o Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa sendo também consultor para o atelier de conservação e restauro ACROARTE da ilha de S. Jorge. De 2011 a 2012 realizou o catálogo do fundo musical do Arquivo Capitular da Sé de Angra e entre 2014 e 2015 foi bolseiro no projecto FCT “Orfeus – A reforma tridentina e a música no silêncio claustral: O Mosteiro de S. Bento de Cástris”. Em 2012 fundou o Ensemble da Sé de Angra e, em 2013, o Ensemble Eborensis, grupo dedicado à polifonia vocal de Évora, tendo realizado concertos em Portugal e França e com quem gravou um CD no âmbito do projecto Orfeus. O seu trabalho tem-se concentrado na polifonia vocal sacra portuguesa dos séculos XVI e XVII, sobretudo aquela associada à cidade de Évora, e a música no arquipélago dos Açores desde o povoamento ao início do século XX.